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7º Congresso Internacional de Educação (parte 2)

Posted by Thaize Torres Feijó on 29 de Julho de 2010 in Educação |

Sempre tive muita admiração pelo professor e filósofo Mário Sergio Cortela  – São Paulo, não só pelos livros que escreveu, mas por sua vida política e por ter trabalhado por 17 anos com Paulo Freire. Fez uma conferência tocante em relação à obra do professor. O tema da conferência foi: Qual a tua obra? Inquietações propositivas sobre gestão, liderança e ética.

Iniciou a sua fala ressaltando que todo educador precisa ter coragem para continuar a sua obra. Mostrou, através de uma perfeita oratória, como o trabalho do professor precisa ser munido de coragem, esperança, audácia e sabedoria. Explicou que a coragem não é a ausência de medo, mas a capacidade de enfrentá-lo. Assim deve ser o professor, capaz de enfrentar o medo e continuar a sua obra. E só tem coragem para continuar a obra o professor que é quente. Professor não pode ser morno, ser morno é ser medíocre. O mesmo acontece com o professor velho. Professor velho está engessado, não tem sensibilidade para entender o novo, é pessimista e acima de tudo um desistente. Há professores velhos e mornos de 18, 20, 30… anos. Cortella ressaltou que não se pode confundir professor idoso com professor velho. A jovialidade está na alma, na busca constantante, no encantamento com o novo.

Tenho certeza que muitas pessoas saíram da conferência com algumas dúvidas a respeito da prática da sala de aula.

Antonio Nóvoa – Portugal, enriqueceu o nosso dia com a conferência: Professores competentes e a escola de qualidade.

Iniciou sua fala  com  um discurso voltado para a explicação relacionada à Escola Nova e às mudanças necessárias para transformar a educação. Definiu os quatro aspectos que fazem parte do patrimônio pedagógico do século XXI que nada mais é que a identidade dos professores. A relevância da introdução desses quatro temas surgiu da necessidade da escola em ter essas práticas concretizadas. Os quatro  aspectos que surgiram com a Escola Nova vieram para reforçar que o aluno é o mais importante no processo de ensino aprendizagem que a escola ativa, voltada para o movimento, fazia com que os alunos aprendessem mais, um outro item discutido foi em relação à autonomia dos alunos que precisavam resolver os problemas sozinhos, pois eram capazes para isso e o último aspecto destacado por Nóvoa foi em relação à educação integral do ponto de vista cognitivo, ético, emocional, psicológico, afetivo e social.

Nóvoa falou da importância de uma revolução na educação, aquele modelo de escola ativa não mais caberia na sociedade que se formava.  Com o passar do tempo, essa mesma sociedade pede que a  escola deixe, então, de ser ativa para se tornar reflexiva. O aluno deixa de ser o centro do processo e o conhecimento ocupa esse espaço, a autonomia dos alunos é trocada pelo diálogo diversificado, pois se faz importante instaurar as regras de diálogo e da diversidade na sala de aula. A educação integral, tão valorizada na Escola Nova, sociedade de 100 anos atrás, é substituída por um espaço público de educação. A escola continua tendo o lugar, mas não ocupa todos os lugares.

Nóvoa ainda falou que o professor tem a função de fazer com que a criança goste do que não gostava, o objetivo do professor, não é agradar a criança, mas fazer com que adquiram conhecimentos e habilidades que não tinham antes. É imprescindível que o professor preste atenção na criança que não quer aprender. Encerrou a conferência com um pensamento de Alain.

” O difícil é conduzir os homens a agradarem-se, no fim, com aquilo que no princípio não lhes agradava nada” (Alain)

Para encerrar o dia, Eduardo Shinyashiki  – São Paulo, falou sobre a arte de conviver e aprender e quais os caminhos do conhecimento.

Confesso que iniciei a palestra escrevendo tudo o que via no telão, escrevi que a Epigenética estuda como o meio interno e externo interferem no indivíduo e mostra a grande capacidade que temos de nos adaptar… mas logo percebi que estava perdendo o melhor da conferência, estava perdendo justamente a relação! É característica do Eduardo fazer encontros assim, cheios de movimentos. Falou sobre a importância de vivermos o agora, aprendermos com o outro, respeitarmos o outro, pois com a convivência aprendemos mais, com a troca nos reinventamos e vencemos barreiras. Alguns vídeos e histórias de vida fizeram parte desse gostoso encontro.

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