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Escola da Ponte

Posted by Thaize Torres Feijó on 24 de Janeiro de 2010 in Educação, Para pensar! |

Enquanto pensava sobre o que escreveria hoje em meu blog, muitas alternativas passaram em minha cabeça. Pensei em escrever sobre alguns teóricos que admiro, pensei em escrever sobre leis relacionadas à educação e dentre todas as possibilidades uma me atraiu mais, talvez pela admiração que tenho há muito tempo sobre o tema, talvez pelo momento atual que estou vivendo. Pensei em escrever sobre as impressões que tenho sobre a escola portuguesa da Vila das Aves. Escola da Ponte.

Antes de tudo, preciso falar que não sou especialista no assunto, tampouco exerço nenhuma necessidade de idolatrar a sua proposta, mas acredito no tipo de educação desenvolvida na escola e por este motivo sempre me interessei por leituras e depoimentos de pessoas que já presenciaram seu fazer pedagógico. Espero que gostem!!!

O que pensar de uma escola em que a organização do trabalho gira em torno do aluno? Que não há testes iguais e ao mesmo tempo, pois acredita que as pessoas são diferentes e têm necessidades e tempos diferentes? O que pensar de uma escola estatal que possibilita aos alunos a discussão em assembleias a respeito da aprovação, ou não, de seus direitos e deveres na escola?

Pensar que é uma escola organizada, preocupada com seus alunos? É, mas é muito pouco diante do que representa para a educação. A Escola da Ponte é um todo, é uma escola que acredita que o aluno aprende mais quando descobre através da pesquisa, da ajuda, da troca. Pensar na Escola da Ponte é pensar em uma escola em que os professores (orientadores) não são pessoas autoritárias, que mandam nos alunos, mas pessoas criativas, inovadoras, autônomas e solidárias. Solidárias porque têm a visão da cooperação, de ajuda mútua, são pessoas que não ensinam autonomia, mas que ensinam através dela.

No ano de 2009, enquanto assistia a uma palestra de José Pacheco – idealizador da Escola da Ponte – ouvi uma frase que muito me marcou: Professores precisam mais de interrogações que certezas. Ao ouvir esta afirmativa, de pronto me surgiram algumas interrogações; O que me fez pensar durante tanto tempo que o professor era o detentor do conhecimento?, será que é aquele que “dá aula” enquanto os alunos apenas ouvem e aprendem? Ou será aquele que pesquisa junto, que quer aprender mais, que “desequilibra-se” a cada conteúdo estudado?

Os alunos da Escola da Ponte têm o apoio de que necessitam. Todos são ouvidos, todos aprendem por interesses, o que torna o aprendizado mais significativo.Todos são avaliados, todos se auto-avaliam e todos pedem ajuda quando precisam, pois sabem que nesta escola são solidários, não estão solitários. Lá não há salas de aulas, todos, no mesmo espaço, pesquisam, discutem, formulam hipóteses, todos respeitam os espaços, porque sabem que estes espaços pertencem a todos. Nesta escola os pais são convidados a fazem parte das discussões, e não simplesmente discutir. São convidados a desempenharem o papel de participantes, e não simplesmente cobradores.

Pensar na Escola da Ponte é pensar em uma aprendizagem para a vida, para a discussão, para a solução…

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